Melasma no rosto: O que é Melasma, causas e tratamento

Melasma é uma condição crônica, bastante prevalente, que se caracteriza pelo surgimento de manchas acastanhadas na pele, mais comumente no rosto veja esse vídeo logo abaixo para saber mais!

Melasma: Manchas da pele

Um dos motivos que mais leva as pessoas a procurarem um dermatologista é o aparecimento de manchas da pele.

Quando falamos sobre manchas, não estamos falando de um problema único, devemos considerar inúmeras causas e doenças que as causam. E o melasma é uma delas.

Por isso, é fundamental consultar um médico especialista,  para avaliação, entender qual é o diagnóstico, a origem e o tipo das manchas, para a partir daí, verificar quais são as possibilidades disponíveis para trata-las. 

Melasma

O melasma é um problema frequente, que não traz risco à saúde física, porém, pelo incômodo com a aparência das manchas, pode representar grande impacto negativo na qualidade de vida das pessoas, na autoimagem e autoestima.

Características das manchas no melasma

São manchas mais escuras do que a cor da pele, acastanhadas, de intensidades variáveis,  que aparecem em áreas do corpo expostas ao sol, principalmente no rosto, nas bochechas, região do buço e testa, mas que podem surgir também em regiões do colo e antebraço. Em geral, as manchas têm distribuição simétrica, ou seja, tendem a aparecer dos 2 lados do rosto, de forma semelhante.

As manchas do melasma ocorrem pelo aumento da produção de melanina (pigmento de coloração) em determinadas áreas da pele.

Não se sabe a exata causa do melasma, que está relacionado a vários fatores, sendo a exposição solar o principal deles.

É mais comum em mulheres, porém os homens também podem ser acometidos. Pessoas de fototipos mais altos, ou seja, de pele mais morena e negra, são mais predispostos a desenvolver o melasma.

Tipos de melasma

De acordo com a profundidade do pigmento, o melasma pode ser classificado, pela avaliação do dermatologista, em:

Melasma epidérmico – melanina presente na camada mais superficial da pele (epiderme) por isso tem melhor resposta aos tratamentos;

Melasma dérmico – melanina presente em camadas mais profundas da pele (derme) o que significa uma resposta mais lenta ao tratamento;

Melasma misto – melanina presente tanto na derme quanto epiderme.

Fatores causais do melasma

Embora a causa do melasma ainda não esteja totalmente determinada,   são conhecidos fatores que podem levar ao seu surgimento.

Por exemplo:

• a exposição solar;

• a predisposição genética;

• o fototipo, ou seja, tom de pele e sua sensibilidade ao sol;

• fatores hormonais, como o uso de anticoncepcionais e a gestação.

Diagnóstico de melasma

Embora o melasma seja considerado uma doença de pele frequente, que não acarreta risco à saúde física, como já mencionado,  vale ressaltar a importância de buscar o auxílio de um dermatologista. Para poder fazer o diagnóstico, excluir outras causas de manchas, e principalmente poder orientar o tratamento específico, que em geral tem duração longa.

O diagnóstico é clínico, através da história clínica do paciente e exame físico, não necessitando de exames. O dermatologista pode usar luzes e lentes para auxiliar na definição do tipo de melasma.

Possibilidades de tratamento para o melasma

O melasma é um problema crônico, que tem duração longa e que exige cuidado também por tempo prolongado.  O tratamento requer paciência e disciplina dos pacientes, mas a boa notícia é que existem diversos métodos para o seu controle, incluindo cuidados e medicamentos para o dia a dia, e procedimentos auxiliares que podem ser feitos nos consultórios.

Proteção Solar

A proteção solar é o pilar fundamental do tratamento do melasma. Quanto mais efetiva for, melhores os resultados atingidos. Mesmo quando o melasma tiver muito melhor ou desaparecido, a proteção solar rigorosa deve ser feita como manutenção, para evitar recorrência das manchas.

Além do uso do protetor solar,  a proteção solar envolve também aspectos de comportamento. O uso de acessórios de proteção como chapéus, bonés e óculos de sol, mas também evitar a exposição ao sol em horários de maior intensidade dos raios ultravioletas ( entre 10- 16h) e a preferência de permanência em locais em que haja sombra.

Quanto ao uso do protetor solar,  vale ressaltar a escolha por produtos de amplo espectro de proteção, ou seja, proteção contra UVA e UVB, e com cor. O pigmento que dá cor ao protetor solar, o óxido de ferro, aumenta a proteção contra a luz visível, também relacionada ao aparecimento do melasma. Há várias opções disponíveis, com cosméticas para atender às necessidades e preferências de cada um. O dermatologista pode ajudar você a encontrar um que você goste, “o protetor solar para chamar de seu”.

O uso deve ser diário, mesmo em dias nublados, com reaplicações periódicas ao longo do dia. 

Produtos tópicos 

Entre as alternativas estão medicamentos como hidroquinona, ácido azeláico, ácido retinoico, ácido tranexâncio, que podem estar isolados ou em formulações combinadas, sempre com prescrição do dermatologista. Outras substâncias como ácido fítico, kojico, cisteamina também podem ser usadas. 

Geralmente os resultados levam cerca de dois meses para começar a aparecer, e dependem muito da fotoproteção constante e rigorosa. 

Vamos lembrar da necessidade de um acompanhamento profissional para indicar os produtos adequados à necessidade de cada paciente e o acompanhamento da evolução do tratamento.

Peelings, determinados tipos de laser e microagulhamento

Podem ser usados como adjuvantes no tratamento, não excluindo a necessidade do tratamento diário, o que vale para qualquer procedimento na abordagem do melasma. São necessárias várias sessões, aos poucos, evitando tratamentos agressivos para a pele, que podem estimular a produção de melanina na fase de recuperação da pele.

A manutenção do tratamento do melasma, para prevenir o reaparecimento, é a melhor opção

Use diariamente protetor solar, com alto fator de proteção, e amplo espectro de ação. Opte principalmente por aqueles com cor, que melhoram a efetividade da proteção, por protegerem contra a luz visível.  Reaplique várias vezes ao dia para manter a proteção. 

Lembre-se que mesmo em dias de céu nublado há incidência de raios ultravioleta. 

Outra dica é não se expor ao sol sem alguma  barreira protetora física: chapéus e bonés, de abas largas preferencialmente, para aumentar a área de sombra no rosto. Sombrinhas e guarda-sóis também são ótimos aliados.

Mulheres em uso de anticoncepcional, histórico familiar e gestantes devem redobrar os cuidados pois, estão mais suscetíveis ao surgimento do melasma que as demais pessoas. 

E não se esqueça de visitar periodicamente seu dermatologista, para esclarecer suas dúvidas e orientar os cuidados necessários para cada necessidade e fase do tratamento.